Meados do século 20. Nova Friburgo torna-se cada vez mais industrial, ampliando suas fábricas com a vinda de metalúrgicas que associada às indústrias têxteis, coloca-o como um município atrativo em relação ao norte-fluminense. A população cresce significativamente, os clubes de serviço surgem por todo o centro da cidade e novas formas de sociabilidade aparecem entre a elite local. Até o caridoso médico Dermeval Barbosa Moreira resolve diversificar sua atividade profissional. Investe juntamente com outros sócios em um suntuoso prédio destinado a um cassino, no Parque da Cascata, que passaria a chamar-se Cassino Cascata. Seus sócios eram nada menos que os empresários do Cassino da Pampulha, da Urca e do Quitandinha. No entanto, o presidente Eurico Gaspar Dutra proíbe o jogo de azar no país. O Cassino Cascata perde a sua função e deixa seus investidores em total desespero. O médico Dermeval Barbosa Moreira procura a direção do Hospital de Tuberculosos de Corrêas, em Petrópolis, oferecendo o prédio do Cassino Cascata para a instalação de um hospital de tuberculosos. Houve interesse por parte daquele estabelecimento e as negociações se iniciam.
Nova Friburgo já possuía o Sanatório Naval da Marinha destinado à cura de marinheiros tuberculosos que dera resultados satisfatórios em razão das condições climáticas do município. Era o local apropriado para a cura e convalescença de tísicos. O então prefeito César Guinle e um grupo de empresários como Augusto Spinelli, José Eugênio Muller, Jamil El Jaick, entre outros, se mobilizam para impedir a instalação de mais um sanatório de tuberculosos no município. Adquirem o prédio do Cassino Cascata a fim de instalar no local um estabelecimento de ensino. Criam a Empresa Educacional Fluminense e o colégio inicia suas atividades. No entanto, não conseguem dar cobro às despesas de tal empreendimento. A Empresa Educacional Fluminense oferece o prédio ao Colégio Anchieta a fim de prolongarem aquele estabelecimento até o Parque da Cascata, mas os padres jesuítas não tem interesse no imóvel.
O prefeito César Guinle entra então em contato com Luís Simões Lopes, presidente da Fundação Getúlio Vargas, através de seu cunhado que participava do conselho para convencer a direção da recém-criada instituição a adquirir tal imóvel. Veio como sopa no mel essa proposta para um projeto de Simões Lopes. Nascido em Pelotas, seu pai foi influente político durante a República Velha. Simões Lopes apoiou Getúlio Vargas e após a vitória do movimento revolucionário, a Revolução de 30, que levou Vargas ao poder, foi nomeado oficial de gabinete da Secretaria da Presidência da República. Casou-se com a socialite Aimée Sotto Mayor de Sá de quem se divorciou por causa de um suposto romance dela com Getúlio Vargas. Em dezembro de 1944, assumiu a presidência da recém-criada Fundação Getúlio Vargas, órgão cujo objetivo principal era promover a formação de pessoal qualificado para a administração pública e privada. Um colégio nos padrões do britânico Summerhill havia sido idealizado por Simões Lopes nos anos 30. O prédio no Parque da Cascata veio na hora certa e a Fundação Getúlio Vargas comprou o prédio na galinha morta isso porque o prefeito César Guinle, autor do projeto de cidade-jardim para Nova Friburgo, fez de tudo para que o Parque da Cascata não se transformasse em um Hospital de Tuberculosos. Inicia-se uma negociação que envolve a Prefeitura de Nova Friburgo, a Empresa Educacional Fluminense e a Fundação Getúlio Vargas.
A Prefeitura desembolsaria alguns milhões de cruzeiros para viabilizar a vinda de Fundação, o que acabou gerando protestos de alguns segmentos da sociedade friburguense. Porém, a mensagem do prefeito César Guinle foi aprovada pela Câmara Municipal que conseguiu os recursos. Foi investido um total de CR$6.000.000,00(seis milhões de cruzeiros) na compra da propriedade, nos informa Pedro Cúrio do jornal O Nova Friburgo. A Prefeitura entrou com CR$2.000.000,00(dois milhões de cruzeiros); uma subscrição realizada entre a população friburguense arrecadou CR$1.000.000,00(um milhão de cruzeiros) e foi feito um empréstimo junto a Caixa Econômica de CR$2.5000.000,00 (dois milhões e quinhentos mil cruzeiros). A Fundação Getúlio Vargas entrou somente com CR$500.000,00 (quinhentos mil cruzeiros).
As obras de adaptação ao colégio foram concluídas em 1949, e um ano depois foi aberta a primeira turma do Ginásio Nova Friburgo, que passaria a se chamar Colégio Nova Friburgo com a criação do curso científico, em 1954. Esse estabelecimento de ensino ficou conhecido pelos friburguenses como “Fundação”. Era um colégio em regime de internato e semi-internato, inicialmente restrito ao sexo masculino, abrindo em 1959, para meninas mas somente em regime de semi-internato. Criada em 1944, a Fundação Getúlio Vargas almejava formar novos líderes, como sugeria a Lei Orgânica do Ensino Secundário de Gustavo Capanema. Encontrou em Nova Friburgo, no prédio do Cassino Cascata, a oportunidade de realizar seu projeto. Planejou construir em uma instituição progressiva que servisse de paradigma para a educação no Brasil nos moldes de Summehill, na Inglaterra, adaptada à realidade brasileira. Nela estudariam jovens de todo o país. A estrutura didático-pedagógica foi idealizada pela professora Irene Mello Carvalho, diretora do Departamento de Ensino da Fundação Getúlio Vargas que visava implantar uma escola experimental em um nível mais elevado dos padrões nacionais. Curiosamente, um século antes, o inglês John Freese fizera o mesmo, fundando na Vila de Nova Friburgo um colégio que formava a elite política e intelectual do Império e que projetara a pacata vila serrana como referência em educação. A prefeitura tinha direito a algumas bolsas de estudo. A professora Maria José Braga Cavalcante Albuquerque preparou os 15 primeiros alunos friburguenses que ingressariam no novo educandário. No Colégio Nova Friburgo todos tinham apelido: Saluca, Pica-Pau, Tof-tof, Dromedário, 109, Belas Coxas, Pechincha, Treme-Treme, Guiba, Bork Madame, Dolinha, Tartaruga, Granville, entre outros. A família de Gerasime Bozikis imigrou de Atenas para Nova em Friburgo e em razão de sua alta estatura ganhou uma bolsa de estudos para jogar no time de basquete. Estudou no colégio como semi-interno entre 1959 a 1962, e logo ganhou o apelido de grego.
Os alunos veteranos aplicavam o tradicional trote passando as mãos nas nádegas dos novatos, obrigava-os a tomar banho de água fria e batiam nos calouros. Na década de 50, havia 40 atividades extraclasses que ocupavam o tempo livre do internato, todas registradas no livro “Atividades Extraclasse e Liderança”, do professor Joaquim Trota. Havia o Clube dos Escoteiros, Clube Literário, Clube da Correspondência Internacional, Clube da Radiofusão(estação de rádio com programa de auditório), Clube de Pintura e Artes Plásticas, Clube de Xadrez, Clube de Geografia, Clube de Línguas, Clube de Esporte, Clube do Tênis, Clube da Datilografia, Clube da Música, Clube da Fotografia, Clube de Astronomia, Clube de Aeromodelismo, Clube Agrícola, Clube do Terço, Clube Filatélico, Clube de Ciências, Foto clube e Cineclube. O Clube da Imprensa editou diversos internos a exemplo de “A Natureza” (1950), “Petit Courrier” (1957), em francês, “A Pátria” (1957), “Galo da Serra” (1959), “A Flauta” (1964), “Impulso” (1965) e “A Patada” (1975). O do Teatro foi entre todos os clubes com o maior número de alunos e funcionando por mais tempo. Dirigido pelo professor Mário Castilho, o grupo de teatro amador do Colégio Nova Friburgo conquistou vários prêmios e encenou aproximadamente 30 peças em Nova Friburgo, Niterói e Cabo Frio, entre outras cidades. Com o passar dos anos os alunos do Colégio Nova Friburgo ganharam fama de rebeldes. Alguns alunos foram enviados para o colégio como castigo, a exemplo de Paulo Brandão, ou por terem sido expulsos de outros estabelecimentos de ensino. Um ex-aluno declarou que “mau elemento do Rio de Janeiro era mandado para cá[Nova Friburgo]”. Talvez isso seja a origem a fama de rebeldia dos alunos do colégio.
O Colégio Nova Friburgo inovava em tudo: excursões campestres e estudo do meio social eram atividades extraclasse dos alunos. A famosa revista O Cruzeiro, de 14 de outubro de 1950, numa ampla reportagem de cinco páginas, comparava esse estabelecimento de ensino a um “colégio brasileiro estilo americano”. Descrevendo o ineditismo de sua pedagogia e suas amplas instalações para acomodação dos alunos, professores e funcionários, a matéria destaca que as mensalidades eram caras e “restrita às classes mais abastadas”. A revista O Cruzeiro mostra o cotidiano do colégio com alunos tocando violino, jogando xadrez, nas modernas salas de aula, na prática esportiva, na aula de música e fazendo a refeição com os professores. No ano de 1958, nas férias de janeiro alguns professores viajaram com os alunos à Europa em uma excursão percorrendo nove países. Como os alunos estudavam francês, inglês e espanhol puderam aproveitar bem a viagem. Eram estimulados a manter correspondência com alunos de outros países para aprimorarem o idioma. Os docentes passavam por um exame criterioso de admissão no Rio de Janeiro. Mesmo após serem admitidos estavam sempre sendo avaliados. A qualquer momento poderia entrar em sala de aula um grupo de docentes instrutores para observar de que forma o conteúdo estava sendo dado. Por ser um colégio em que os professores vinham de fora do município foram construídas residências para abrigar esses profissionais do ensino. Deveriam residir próximos aos alunos já que fazia parte da pedagogia do colégio o acompanhamento dos estudantes o dia inteiro. Posteriormente um prédio com apartamentos na área do colégio ampliou a hotelaria para professores e funcionários. Sua quadra esportiva era de excepcional tamanho, sua piscina com padrão olímpico e os alunos tinham até aulas de esgrima.
O colégio possuía uma bandeira, hino, escudo e flâmulas. A bandeira tem as cores do colégio: o branco, o azul e o grená representando o primário, o ginásio e o científico, respectivamente. Em seu campo azulado há três estrelas em branco: a maior significa a virtude e as outras duas a saúde e o saber, trinômio que resumia os ideais do colégio. Havia a eleição da Turma Nobre, avaliada pelo comportamento e a melhor média de aproveitamento. O prêmio era uma descida extra ao centro da cidade. Na década de 50, do século vinte, a Fundação Getúlio Vargas oferecia como bônus ao diretor quando terminasse seu mandato uma viagem à Europa para estágio no Centro Internacional de Estudos Pedagógicos em Sèvres, na França. Os professores Joaquim Trotta e Jamil El Jaick viajaram em suas férias por contra própria para fazer um estágio em Sèvres. Baseado nesse centro surgiu a ideia de se criar um Centro Pedagógico semelhante no Colégio Nova Friburgo. Jamil El Jaick agiu junto ao MEC e à Fundação Getúlio Vargas e o Centro Nacional de Estudos Pedagógicos de Nova Friburgo é criado em 1957, nos moldes do Centre Internationel d’Études Pedagogiques de Sévres. O intercâmbio com o Brasil intensificou-se graças à visita ao colégio de madame Hatingais, diretora do Centro de Sèvres e Inspetora Geral de Ensino na França. Professores de todo o país passaram desde então a fazer atualização e aperfeiçoamento no Centro de Estudos Pedagógicos do Colégio Nova Friburgo. Dessa experiência pedagógica saíram algumas obras: Os livros de Joaquim Trotta, “Experiência Comunitária no Colégio Nova Friburgo da Fundação Getúlio Vargas” no qual revela suas observações e experiências nesse colégio e ainda “Atividades Extraclasse e Liderança”, nos quais mostra o entrosamento entre atividades de classe e extraclasse. Existe ainda o livro “Protagonismo Juvenil”, de Antônio Carlos Gomes da Costa, baseado nas práticas progressistas do colégio que colocava o aluno como um ator principal e um protagonista de si mesmo e uma tese de mestrado defendida na PUC, “Colégio Nova Friburgo da Fundação Getúlio Vargas – mergulhando em sua memória institucional”, de Pablo Silva Machado Bispo dos Santos.
Criado pelo professor Joaquim Trotta, havia no Colégio Nova Friburgo, o banco escolar. Os pais dos alunos depositavam o dinheiro e esses sacavam aos poucos justificando a despesa. Era uma forma de ensiná-los a administrar seu dinheiro e incentivo à poupança. Foram igualmente estimulados por esse professor a elaborar uma apostila, “Matemática de aluno para aluno”, algo inusitado na época, que foi impressa e servia aos alunos das turmas seguintes. Os professores estavam sempre em contato com os alunos nas horas vagas, pois a maioria residia nas instalações do colégio. Quando eram repreendidos havia um registro em uma ficha encaminhada à Coordenação que decidia, por ex., cortar a ida ao cinema no auditório do colégio ou o castigo mais temido, cortar suas idas ao centro da cidade. Havia uma caminhonete para transportar os alunos até o centro de Friburgo. Geralmente desciam no domingo, após o almoço. Os alunos do ginasial antes de descerem passavam por uma revista para serem verificadas as roupas, se os sapatos estavam engraxados e as unhas aparadas. O horário de retorno à caminhonete para a subida ao colégio dependia da idade do aluno, que variava entre o retorno às 18:30 até 22:30. Os alunos do científico poderiam subir mais tarde. Alguns alunos perdiam propositadamente o horário para ficar mais tempo no centro da cidade e poder frequentar as boates, retornando a pé. Um professor sempre acompanhava os alunos ao centro e ficava de plantão fiscalizando para ver se não entravam em bares, consumiam bebidas alcoólicas ou jogavam sinuca.
Há o interessante episódio do canhão do Forte São Mateus, em Cabo Frio, possivelmente do século 16, trazido pelos alunos da turma de 1952, e instalado no colégio. Como tantos outros abandonados na praia de Cabo Frio trouxeram o canhão para o colégio com o respaldo do professor que os acompanhava. Anos depois a prefeitura desse município reivindicaria essa peça de artilharia, mas a associação de ex-alunos se recusou a devolvê-lo através de uma medida judicial cautelar. Henrique Guilherme Bork, nascido em 1939, entrou para o colégio em 1950, permanecendo até o ano de 1957. Bork, eleito pelos colegas como chefe do Departamento de Justiça, se recorda do roubo do portão do prostíbulo conhecido como Casa da Sofia, que os alunos frequentavam durante a tarde para ver as “mariposas”. Os alunos da “Fundação” eram conhecidos por provocar confusões com os outros colégios, principalmente com o Colégio Anchieta e o Colégio Estadual Jamil El Jaick. Usavam correntes de metal como cinto para em caso de confronto fazerem uso desse instrumento. Justificavam que estavam sempre em minoria em relação aos outros colégios e precisavam se defender dessa forma. Nas sessões de cinema costumavam soltar galinhas e pombos, enfim, tudo aquilo que transgredia a ordem e a rotina da cidade. Houve época em que os alunos da “Fundação” eram obrigados a andar em grupos, pois sozinhos eram alvo de ofensas e provocações. Adoravam jactar-se de conseguir chamar a atenção das moças friburguenses por serem mais sedutores e envolventes. Nos desfiles de Sete Setembro se esforçavam para ser a melhor bateria. Seu grito de guerra era: Alegush! Alegush, gush, gush, umaiti, umaitá, rá, rá, rá! Apesar de toda a gaiatice, sabia-se que a Fundação Getúlio Vargas se preocupava em formar uma elite de profissionais altamente qualificados. E o destino desses alunos não foi outro! Ocuparam os mais elevados escalões de empresas privadas e do governo.
Passaram pelo Colégio Nova Friburgo aproximadamente 3.500 alunos nos seus vinte sete anos de existência. Na década de oitenta houve uma verdadeira debandada de alunos dos colégios religiosos para estudar na “Fundação”. Todos desejavam beber da fonte daqueles anos de sua belle époque, mas os tempos eram outros. O padrão de ensino já era semelhante aos demais colégios não se destacando como outrora. De qualquer forma, todos queriam sentir aquele ambiente colegial no qual passou uma geração que foi trabalhada para ser a liderança do país. O curioso é que procuravam imitar o comportamento dos primeiros “cenefistas”, adotando uma atitude rebelde que já não chamava mais a atenção da população como foi a geração beatnik que se espelhava em Jack kerouac. De acordo com Joaquim Trotta, o declínio do Colégio Nova Friburgo teve início na década de 70, provocado pelo regime militar iniciado em 1964, que tomou o governo em um golpe de Estado, instituindo a ditadura no país. O que ilustra bem que havia uma clara intenção do governo militar em acabar com o Colégio Nova Friburgo foi notadamente o corte de verbas que permitiam a manutenção de sua cara estrutura. Na década de 70, o livro de Trotta “Atividades Extraclasse e Liderança” foi rejeitado pela comissão que selecionava os livros para o acervo da biblioteca, não aprovando a inclusão dessa obra. Trata-se de um livro que documenta 40 atividades extracurriculares que funcionaram no colégio mais precisamente no período de 1954 a 1957. Cada um deles tinha uma diretoria composta por alunos eleitos democraticamente entre os seus membros. Nada disso poderia ser conhecido pelas novas gerações. Para os paradigmas dos militares era um material subversivo.
O ex-professor Paulo Jordão Bastos se recorda dos militares entrando no colégio para interrogar os filhos do político Miguel Arraes, acusado de subversão contra o governo. Jordão Bastos estava incluído na lista, como outros professores do colégio, como comunista. Segundo ele, nunca teve militância política nesse partido. Mas o Colégio Nova Friburgo com a sua pedagogia libertária dificilmente escaparia da caça às bruxas do governo militar. O Centro Pedagógico sofreu um processo de declínio e os pedidos de estágio de professores de outras partes do país vinham diminuindo. No segundo semestre de 1976, não havia candidatos. Simões Lopes não se manifestou nessas intervenções. Terminou sua vida fazendo carreira em diversos órgãos do governo. Como diretor da Sociedade Nacional de Agricultura promoveu intenso combate às propostas de reforma agrária. Faleceu em 1994. O colégio foi desativado em 1977 e os ex-alunos criaram uma associação que lhes permite fazerem encontros periódicos e igualmente um Centro de Memória inaugurado em novembro de 1987, nas instalações do antigo colégio. Criaram também a Fundação Natureza que objetivava reativar o colégio transformando-o em uma escola ambiental que seria denominada de Escola Ambiental de Nova Friburgo. Formaria ambientalistas de nível médio técnico e superior de acordo com o programa da UNESCO, podendo haver inclusive programas de pós-graduação. Mas esse projeto não foi adiante por receio de empresários locais dos ambientalistas criarem obstáculos ao crescimento urbano do município.
Houve duas tentativas de ocupação do prédio, uma pelo Instituto Politécnico seguida pela graduação e pós-graduação do curso de engenharia da UERJ. No entanto, a tragédia climática de 2011 inviabilizou completamente a permanência da UERJ nesse prédio. O que fazer com as instalações da Fundação Getúlio Vargas em Nova Friburgo virou uma “batata quente” para essa instituição. Enquanto isso, assistimos à sua ruína. Lembrando, na compra do Parque do Cascata e do cassino a Prefeitura entrou com CR$2.000.000,00(dois milhões de cruzeiros); uma subscrição realizada entre a população friburguense arrecadou CR$1.000.000,00(um milhão de cruzeiros) e foi feito um empréstimo junto a Caixa Econômica de CR$2.5000.000,00 (dois milhões e quinhentos mil cruzeiros) pagos pelos cofres públicos. A Fundação Getúlio Vargas entrou somente com CR$500.000,00(quinhentos mil cruzeiros). Não seria o caso desse patrimônio pertencer ao patrimônio municipal?
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